ATENAS- GRÉCIA

Foto: Templo de Zeus.

        Atenas é o ponto de partida para entender a história da Grécia. Foi aqui que teve início a história da nossa cultura ocidental. É lamentável que muitos turistas passem por aqui apenas como um pit stop para as famosas ilhas gregas. Atenas tem muito a oferecer aos turistas. E a melhor maneira de conhecer a capital grega é caminhando já que a cidade é um verdadeiro museu a céu aberto. Por isso, o ideal é caminhar sem pressa, pois a cada novo passo você poderá se deparar com monumentos com mais de dois mil anos de história. Caso visite a cidade no período de verão, não se esqueça da garrafa de água, pois faz muito calor. É fácil encontrar bebedouros públicos para encher as garrafas com água fresca.

        Começamos nossa visita pelo Templo de Zeus (foto ao lado). Compramos um ticket que permite a entrada em todo o complexo histórico, com exceção do Estádio Olímpico. O combo custou  12 euros e pode ser usado em 72 horas.O Templo de Zeus começou a ser construído no século 6 a.C e mantem em pé 15 colunas das 104 colunas originais. É grandioso e incrível! Dali é possível ir caminhando até o Estádio Panatenáico (foto abaixo), sede dos Jogos Olímpicos na Antiguidade. Ele foi reformado para as Olimpíadas de 1896 e tem um museu em seu interior que conta a história dos jogos. Atravessando a rua está os Jardins Nacionais, uma bela área verde da cidade. Esses jardins são anexos ao Parlamento Grego. É ali que está o túmulo do Soldado Desconhecido, que lembra os soldados mortos em combate, cujos corpos não foram identificados. Atravessando a rua, estamos na Praça Syntagma, ponto central da cidade.

Fotos: Jardim Nacional, acima e Parlamento, ao lado.

        Dois outros passeios são imperdíveis: a Ágora (parte baixa, em grego) e a Acrópole (parte alta, em grego). A Ágora Antiga era o centro político e religioso de Atenas na antiguidade. Foi aqui que Sócrates expôs boa parte das suas ideias. É sensacional caminhar por essa parte da cidade e ficar imaginando quantos debates públicos foram aqui realizados. É literalmente caminhar sobre a história da humanidade. No local está o Museu da Ágora que conta um pouco da história desse povo.  Ainda na Ágora Antiga está o Templo de Hefesto, o templo grego mais preservado no mundo. Impossível não sentar ali e ficar contemplando as figuras do templo (foto ao lado). Tudo muito preservado.

Foto: Templo de Hefesto.

         Contudo, o ponto alto da visita histórica, sem dúvida nenhuma, é a Acrópole. Deixamos para visitar a parte alta da cidade no final do dia, horário em que está mais vazia. Além disso, como a subida judia um pouco, o ideal é deixar para o entardecer, já que não está tão quente. Reserve pelo menos duas horas para curtir esse local mágico. A Acrópole começou a ser construída no século 5 a.C e conta com três templos, dois teatros e um gigantesco portão de entrada. Mesmo após muitas guerras, boa parte dessas construções continua de pé ao alcance dos turistas. Já na subida você se deparada com o Teatro de Dionísio, primeiro teatro do mundo, com capacidade para 17 mil espectadores sentados. Foi ali que surgiu a arte dramática. Um pouco mais adiante está o Teatro de Herodes Ático, bem mais preservado e que ainda recebe alguns espetáculos nas noites de verão. Após passar o grandioso portão Propileus, nos deparamos com o magnífico Partenon.  Ao lado, dois templos menores, o Erectéion e o templo de Athena Nike.

Foto: Teatro de Herodes Ático.

Foto: Partenon.

             O Partenon é um dos maiores monumentos culturais do mundo. Ele é avistado de praticamente toda a cidade, servindo como bússola aos turistas. O Templo construído em homenagem à deusa Atena e sua arquitetura é perfeitamente harmônica. Já o Templo de Erectéion foi erguido em homenagem a Poseidon, deus do mar. Ali estão as carátides, figuras femininas que enfeitam o templo. Outro belo templo é o templo da Athena Nike (foto acima), em frente ao Partenon.

Foto: Réplicas das carátides originais no Templo de Erectéion.

     

Ao entardecer, Atenas transforma-se. Para conhecer essa faceta da cidade, comece observando o vai e vem da Praça Monastiraki (fotos ao lado). Ponto de encontro dos atenienses, oferece uma bela vista da Acrópole iluminada. Tem uma linda Igrejinha Ortodoxa no centro. Muitas igrejas ortodoxas estão espalhadas pela cidade, uma vez que a religião cristã ortodoxa é a predominante no país.

    Com poucos passos, entramos nas estilosas ruas de Plaka, centro histórico de Atenas. É em Plaka que se compram as melhores lembranças de Atenas. Não se esqueça de pechinchar, pois quase sempre se consegue um bom desconto. É ali também que estão vários bares e restaurantes. Nós indicamos o Restaurante Erato, com música ao vivo e um ambiente muito tradicional. Foi aqui que comemos uma das saladas gregas mais deliciosas de toda a viagem.

Fotos: Rua de Plaka. Música do Restaurante Erato.

Foto: Salada Grega e um vinho da casa, no Restaurante Erato.

       Após muitas caminhadas, não deixe de entrar em uma Taberna Grega e comer um prato típico. Sugerimos para isso caminhar pelas ruas de Psiri, ao lado de Plaka e entrar em alguma das muitas tabernas que ali estão. Entre uma caminhada e outra vale a pena experimentar um vinho da casa de alguma taberna ou ainda uma Mythos, cerveja local. Não deixe de comer o Souvlaki, tradicional espetinho grego, que pode ser frango ou porco. Também prove o Gyros, lanche típico e bem saboroso. Se você gosta de doces, o Baklava é divino, dos deuses.       

Fotos: Belezas de Atenas.

          Para ir ou vir do Aeroporto há boas opções de transporte público. O metro até Monastiraki e o ônibus até a Praça Syntagma partem a cada trinta minutos. O bilhete do metro custa 8 euros e ônibus custa 5 euros. Em horário de pique, o metro é um pouco mais rápido. Quanto à hospedagem, o ideal é ficar próximo a Acrópole, em Plaka ou Psiri. Hospedamos-nos no Hotel Evripides, em Psiri, com ótima localização e um terraço com vista para a Acrópole. O hotel era bem simples, mas a localização fez a estadia valer a pena.

         Atenas, ponto de partida para uma bela viagem a Grécia e para entender nossa história ocidental.