ISLÂNDIA -PARTE 2

Hoje, nós do Memória Viajante, contamos com a ajuda do nosso amigo Vinícius Pedrollo que esteve na Islândia entre os dias 10 e 17 de março de 2015. Ele nos conta aqui como planejou e o que fez em cada dia. Deu ainda mais vontade de conhecer esse lugar incrível. Obrigada, Vini!

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Dia 1: alugamos o carro à noite e dormimos em Reykjavik.

Dia 2: saímos de carro bem cedo pela costa oeste em direção a Barnafossar (cachoeira muito bonita com água azul que fica a 1,5 h da capital). De Barnafossar fomos para um lugar próximo que tem um hotspring chamado Deildartunguhver (que é o hotspring com maior fluxo da Europa – 180l/s). Depois, fomos pro extremo oeste, contornando a costa pela rota 54, pra ver uma montanha bem bonita que fica em Grundarfjörður. Obs: se forem ver essa montanha, lembrem de ir numa cachoeira ali perto pra ter uma composição boa pra foto (cachoeira + montanha) – como tu pode ver no google se pesquisar o nome dessa cidade. De Grundarfjörður, fomos em direção à Akureyri voltando para a rota 1. Akureyri é a “capital do norte da Islândia.

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Dia 3: dormimos em Akureyri numa fazenda bem distante do centro (aconselho ficarem longe do centro pra verem aurora do quintal se o céu estiver limpo, sem precisar pegar o carro e ir pro mato) e no outro dia fomos direto pra cachoeira que, pra mim, foi a mais bonita do país: Godafoss. Se tiver tempo, tem ainda a Detifoss (outra cachoeira ainda maior) e os lagos Myvatn, que ficam entre as duas cachoeiras e dá pra tomar banho numas águas termais ao estilo Blue Lagoon. Ali perto também gravam algumas cenas “beyond the wall” entre outros cenários do game of thrones. Nesse dia a gente só foi na Godafoss porque tínhamos que ir pra Reykjavik pra encontrar uns amigos e a Estrada estava bem perigosa devido à neve.

Dia 4: saímos de Reykjavik em direcão ao leste (pela rota 1), paramos na Seljalandsfoss (cachoeira 1), na Skogafoss (cachoeira 2), na praia de Vík (obs: a parte bonita da praia fica na primeira entrada, não na segunda, que é a cidade), no lago Jokulsarón (lago com pedaços das geleiras muito bonito e que tem ligação com o mar – não deixa de ver a praia com os pedaços de gelo) e por último chegamos em Hofn, uma cidade que fica a 50 minutos do lago.

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Dia 5: dormimos em Hofn porque era de um hotel relativamente próximo que saia o tour do ice caving. Eu aconselho dormir numa fazenda longe da cidade pra ver aurora, como já havia sugerido sobre a acomodação em Akureyri. Depois do Ice caving voltamos pela mesma estrada e paramos no Fjaðrárgljúfur Canyon. Vale muito a pena. Mesmo que tenha muita neve na Estrada/trilha, sugiro ir caminhando para a parte de cima do Canyon. A parte de baixo também é bonita (por fotos), porém não cheguei a ir. Tem um parque nacional que se chama Skaftafell (fica perto do lago Jokulsarón e tem uma trilha pro Black Waterfall, que é bem bonito, tem umas formacões rochosas bem diferentes e uma queda relativamente alta). Também dá pra estacionar o carro bem perto de uma geleira que tu vai ver pela estrada mesmo e se bobiar da pra ir apé até ela (eu não fui porque tinha ventos de 80km/h e não tinha como caminhar no gelo).

Dia 6: Fizemos o golden circle (passeio padrão) – paramos na Silfra fissure, depois no Geysir, no vulcão inativo Kerið e, por último, (nao fomos pq tava chovendo) íamos parar na cidade de Hveragerði, que tem águas aquecidas naturalmente e que dá pra tomar banho (bem mais roots do que a blue lagoon. É uma trilha de pouco mais de 1 km que te leva pra esse rio).

Dia 7: demos uma volta na cidade e fomos para a Blue Lagoon (custa 35 euros pra entrar, mas é muito bom, ainda mais depois de dirigir tantos dias (eu acho que valeu a pena e pagaria de novo).

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Dicas gerais:

  1. Alugamos carros de três empresas. A SadCars é a mais barata, porém os carros são velhos e consomem muito combustível. A Geysir tem carros novos e econômicos, portanto eu indico porque no fim das contas fica quase o mesmo preço e a segurança aumenta.
  1. Estradas: a rota 1 é tranquila porque tem manutenção permanente. Porém, como pegamos neve, tempestade, vento e chuva (piores condições possíveis), teve momentos em que não tínhamos visibilidade alguma. Como eles não usam muita proteção em penhascos, a Estrada se torna MUITO PERIGOSA, especialmente porque tem gelo na pista. As outras estradas são ainda piores porque não tem tanta manutenção. Eles também não trabalham com acostamento. Os piores momentos foram nas estradas que entram nas montanhas, onde tem muita neve. Portanto, é necessário ter um 4×4 pra fazer essa viagem, inclusive no fim do inverno (fim de março). Eles tem um site que informa as condições de cada estrada. É sempre bom checar antes e durante a viagem. O site é http://www.vegagerdin.is/english
  1. Aurora: Não pagamos por nenhum tour de aurora e conseguimos ver três vezes. O negócio é entender a combinação de fatores que viabilizam as luzes. A) Entender o kp index (nada muito difícil) – grosseiramente, é a intensidade da aurora; tem uns mapas que mostram faixas para cada nível. Porém, não é exato, já que vimos a aurora em locais que teoricamente não era para termos visto pela previsão. Fica a dica de sempre tentar ver e não desistir tão rápido. O site mais preciso para ver o nível de intensidade foi o http://www.aurora-service.eu/aurora-forecast/, que fornece a previsão de 15 em 15 minutos para a próxima hora. B) Procurar um local com céu aberto. A Islândia tem um site oficial que mostra as previsões das núvens a cada 3h. Esse mesmo site fornece a previsão do vento, da precipitação da chuva e também da intensidade da aurora (menos preciso que o Europa-Service). http://en.vedur.is/weather/forecasts/aurora/. De novo, a previsão não é exata. Vi a aurora no norte da Islândia em um local em que teoricamente estaria totalmente fechado com nuvens. C) Procurar um local isolado, sem luzes da cidade, buscando ficar o mais próximo possível da escuridão total. D) Esperar: ela aparece em momentos aleatórios. O negócio é insistir e esperar depois de achar um bom local.
  1. Viagem da costa leste: É a parte com mais atrações. A dica é planejar os locais em que se pretende parar na ida e na volta, tentanto aproveitar ao máximo o tempo. Infelizmente eu não consegui ir na Black Waterfall e nem na parte mais bonita da praia de Vík. Vale a pena dormir em alguma cidade no leste pra poder conhecer a maior quantidade de locais possível e voltar no outro dia pra Reykjavik.
  1. O aeroporto internacional de Reykjavik fica a 40km do centro da cidade. Assim, vale a pena alugar carro em grupo, pegar o carro no aeroporto e ir pra cidade dirigindo, já que o transporte custa em torno de 12 euros por pessoa.
  1. Comprar um chip pro celular foi muito útil, tanto pra ver previsão da aurora fora do apartamento quanto para usar o google maps (funcionou melhor do que o GPS do carro, muito mais caro). Custa em torno de 8 libras e da pra comprar no free shop do aeroporto. Pra carregar 500mb de dados pagamos 3 libras.

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