TRAVESSIA DE BARCO MANAUS/AM – SANTARÉM/PA

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Hoje o Memória Viajante conta como foi navegar pelo Rio Amazonas, o maior rio do mundo com 6992 km de extensão. Nossa viagem começou no porto de Manaus/AM com destino de Santarém/PA. Foram mais ou menos 800 km e 33 horas de percurso no navio Anna Karoline II. Esses barcos são popularmente conhecidos como “Gaiolas”, sendo o principal meio de locomoção das pessoas que vivem na Amazônia.

      O horário previsto para a saída do navio era às 10h, mas só saímos perto das 12h30min, pois precisamos esperar o carregamento de muitos itens: carga de arroz, livros do MEC para escolas de Parintins, animais, mudanças, carga de cosméticos e até automóveis.

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Foto: cargas e população embarcando.

       No navio haviam cerca de 400 passageiros. A maioria dos passageiros desse tipo de embarcação é composta por pessoas que vivem na região e estrangeiros que estão conhecendo a Amazônia (no nosso barco havia uns 50 “gringos”). Durante o percursotravessia1 não encontramos com nenhum turista brasileiro. A passagem para quem viaja nas redes é R$120,00, mais cerca de R$ 30,00 da rede por pessoa. Nós optamos por uma aventura com um pouco de conforto e fomos de camarote, com cama de casal, ar, frigobar e banheiro privativo. O percurso custou R$700 para os dois, mas se pechinchar sai por bem menos.

       Logo no início do percurso, uns 30 minutos depois da partida, pode-se observar o encontro das águas do Rio Negro e Rio Solimões. Um lindo espetáculo, observado principalmente pelos estrangeiros do barco.

       O barco tem um bar no segundo andar, que toca tecnobrega quase que todo o tempo. No bar, uma latinha de cerveja custa R$5,00. Além disso, eles vendem macarrão instantâneo, bolachas e marmitas. Ao longo das paradas nas cidades ribeirinhas, muitos vendedores sobem ao barco ou de fora mesmo oferecem “quentinhas”, picolé, caça-palavras, dentre outras coisas.

        Em uma das paradas, na cidade de Juruti (divisa do Amazonas com o Pará), ficamos mais de uma hora parados, devido a uma blitz da Polícia Federal que revisou todas as malas de quem estava descendo e conferiu todos os passaportes dos estrangeiros. Não ficamos sabendo se esse procedimento era de rotina ou se havia alguma denúncia para essa embarcação. A polícia nos tratou muito bem, assim como todos os vendedores ambulantes e população local que conversamos.

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       Ao longo de toda a viagem, vimos cenas que as fotografias não foram capazes de retratar tal como são. Em muitos momentos era difícil acreditar que estávamos vivendo aquilo ali. Um Brasil muito diferente do que os nossos olhos estão acostumados a ver. Além da diversidade cultural, a beleza natural é indescritível. Muita água, muito verde, muitas aves e um pôr-do-sol inesquecível.

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      Um passeio diferente, único e imperdível para aqueles que admiram as paisagens e povo da região Amazônica.

       Quem um dia desejar fazer esse passeio sugerimos esse Barco. O dono do Ana Karoline II cumpriu com tudo que foi combinado e não temos nenhuma queixa a fazer. O contato pode ser feito diretamente com o Sr. Erlon pelo telefone: (93) 91932225.

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