ROTEIRO PELA COSTA AMALFITANA- DICAS GERAIS

         Já contamos em outros posts aqui do blog que em janeiro desse ano dividimos nossa viagem em duas etapas: conhecemos o sul da Espanha e o sul de Portugal de motorhome e depois fomos passear pela Itália e San Marino de carro. Hoje vamos detalhar um pouco mais do nosso roteiro pela Costa Amalfitana, um dos destinos mais procurados quando o assunto é “locais dos sonhos” na Europa. Na Itália, a gente já conhecia Roma, parte da Toscana e Assis. Fizemos uma viagem de carro muito legal pela Toscana em 2015 (veja algumas cidades aqui). Tínhamos muita vontade de conhecer o sul do país. Dessa vez tivemos a oportunidade de retornar à Itália e organizamos o roteiro da seguinte maneira: chegamos de avião em Bolonha e pegamos o carro na locadora no próprio aeroporto. Pernoitamos em Bolonha e, no dia seguinte, seguimos em direção a San Marino (veja nosso relato aqui). De San Marino partimos para Assis, cidade que mora em nossos corações e que estava nos planos de voltarmos assim que pudéssemos. E de Assis seguimos ao sul.

          Quando se pensa em sul da Itália, a primeira grande dúvida que surge é se vale a pena escolher uma cidade base ou se vale a pena ficar parando de cidadezinha em cidadezinha. Como não tínhamos muito tempo e nossa ideia era ter uma noção geral, ficamos com a primeira opção e escolhemos Sorrento como nossa cidade base. Encontramos no booking um hotel maravilhoso, o Il Rosseto, e resolvemos que era lá que ficaríamos pelas próximas quatro noites.

           Em resumo, nosso roteiro ficou assim:

DIA 1- Chegada a Sorrento quando já estava anoitecendo.

DIA 2- Passeio de carro pela Costa Amalfitana.

DIA 3- Pompeia e Nápoles (falaremos dessas cidades em um post específico)

DIA 4- Sorrento.

           Uma das primeiras coisas que você pode pensar é: e Capri? Deixaram de fora? Bom, antes de mais nada seguem algumas considerações:

  1. Depois de muitos dias de sol na Espanha e Portugal, pegamos um tempo muito ruim nessa região. Choveu praticamente todos os dias. Grande parte da nossa estadia foi sob tempo nublado ou chuva.
  2. Estávamos viajando na baixa temporada, ou seja, no inverno europeu. Essa região da Costa Amalfitana é bem mais “ativa” no verão. Muitos locais estavam em obras ou fechados. Algumas ruas estavam praticamente desertas nas cidades menores.
  3. Na dúvida entre tempo bom ou ruim e muitos locais fechados, optamos por não visitar Capri. O ferry que vai até a Ilha é caro (daria quase uns 100 euros para nós dois) e optamos por ficar curtindo o dia em Sorrento.

         Na verdade, a baixa temporada aliada aos dias de chuva fizeram com que nos decepcionássemos um pouco com a Costa Amalfitana. Esperávamos mais. Claro que é lindo e tem que conhecer (afinal, a bela paisagem continua por lá), mas se puder ir no verão, com certeza terá uma experiência bem diferente da nossa. Como a gente teve a possibilidade de ir em janeiro, fomos e não nos arrependemos. Mas não podemos mentir dizendo que foi perfeito, porque não foi. Não voltaríamos lá nessa mesma época.

          Partimos de Sorrento e pegamos o início da estrada para conhecer os vilarejos da Costa. Só a estrada já valeria a viagem. Prepare-se para muitas paradas nos mirantes, pois a cada curva surge uma vista que parece ser ainda mais bela que a anterior. É, sem dúvida, uma das estradas mais cênicas e românticas de toda Europa.

         Vale ressaltar que a SS-163, estrada que liga as cidades pela costa, é muito estreita e em muitos momentos chega a dar medo dos precipícios (imagina com chuva então). As montanhas rochosas e íngremes parecem se debruçar no Mar Tirreno. É surreal ir se aproximando das cidadezinhas e perceber como as casinhas brancas se “equilibram” nos penhascos. Pela estrada você passará por muitos túneis que atravessam rochas. Como os túneis são estreitos, tem que ficar de olhos abertos nos espelhos que mostram o que vem do outro lado. Para quem costuma enjoar, Dramin é uma boa pedida. A Aline ficou bem enjoada com as curvinhas da região.

Fotos: Às vezes, a estrada fica estreita assim…

            De Sorrento a Positano são cerca de 17 km. De tantos mirantes que paramos, levamos mais de uma hora para percorrer esse trecho. Quando o sol aparecia, o azul do mar ficava de uma tonalidade sem igual. A chegada em Positano é surpreendente. Conhecida por ser a mais bela do litoral amalfitano, Positano encanta com suas casas coloridas literalmente dependuradas nas encostas. Estacionamos em um estacionamento privado (em muitos locais é proibido estacionar, resolvemos não arriscar) e fomos caminhando até a praia, de onde se tem uma outra bonita vista da cidade. A praia em si não é bonita, mas a vista que oferece faz jus ao fato de tudo ali ser tombado como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Fotos: Positano.

           Saímos de Positano em direção a Amalfi, 16 km a frente. Pelo caminho mais paisagens paradisíacas e muitas enseadas pequenas. Para muitas delas não vimos acesso na estrada. Lemos que muitas têm acesso particular. Uma bonita praia no meio do caminho é Praiano. Dali se tem uma linda vista da Costa, bem como da Ilha de Capri.

           Chegando em Amalfi, estacionamos no Porto e fomos caminhando pelas suas ruas estreitas. É uma cidade relativamente plana, boa para passear com o carrinho da Sofia. Optamos por almoçar por ali no Restaurante La Galea. Nosso almoço saiu 27 euros (dois pratos de massa e vinho da casa) Ddepois comemos um legítimo gelatto. com vista para o Duomo da cidade. Por falar nisso, vale a pena conhecer a Catedral de Sant´Andrea, construída entre os séculos IX e XIX. É belíssima e retrata um pouco da importância histórica dessa cidade, misturando estilos barroco, gótico e bizantino.

Fotos: Amalfi.

         Seguindo em direção contrária a Sorrento ainda existem duas cidades que merecem a visita: Atrani e Ravello. Quando estávamos nos dirigindo a elas, o tempo fechou de vez e resolvemos não arriscar. Estávamos satisfeitos com o que vimos até aqui.

             Uma boa dica é parar em uma das lojas de cerâmica que estão distribuídas ao longo da costa. As cerâmicas são belíssimas, mas o preço assusta um pouco. Vale a pena para admirar.

         Alugar o carro é, ao nosso ver, a melhor opção para conhecer a Costa sem pressa. Para quem é mais aventureiro, uma boa opção é a scooter, motinho tradicional e muito comum por lá. Evita-se tanto engarrafamento e dá para se deslocar com mais facilidade. Existe a possibilidade de fazer a Costa de ônibus, mas aí é imprescindível planejamento pois os horários impõem certa rigidez no roteiro.

           Para terminar, precisamos falar sobre Sorrento, talvez a mais bela surpresa para nós. Já dizia Nietzche:  “Entre todas as cidades da Itália, eu amo Sorrento de um afeto que não saberia descrever-te…”. Assim como ele, amamos e nos identificamos com Sorrento. Na verdade, não estávamos esperando muito da cidade e nos surpreendemos pelo clima agradável das ruas e estabelecimentos por ali. Como já falamos anteriormente, tivemos uma excelente experiência de hospedagem no Il Rosseto (veja nosso relato aqui) e recomendamos muito.

Foto: Sorrento.

            O melhor modo de conhecer o centro da cidade é caminhando a pé pelas suas ruas, algumas estreitas e encantadoras. A principal delas, a Corso Itália, é exclusiva para pedestres, é cheia de lojinhas. Em praticamente todas as lojas de artesanato você irá encontrar algo derivado ou inspirado no limão sorrentino, fruta típica da região. Não deixe de experimentar o licor limoncello, bebida tradicionalíssima por ali. Mas não pense que para por aí. Tem bolacha, chocolate, toalha, bolsa, tudo que você pode imaginar com o tema limão. Na Corso Itália não deixe de provar o sorvete da Gelateria Primavera, delicioso.

Fotos: Tudo lembra o limão sorrentino.

Fotos: Sorveteria Primavera.

             A Piazza Tasso, principal da cidade, tem uma série de restaurantes e barzinhos que viviam lotados no final do dia. Parece ser um ponto de encontro tanto de locais quanto de turistas. Por isso, os preços das refeições são mais altos ali nessa região.

Fotos: Piazza Tasso.

        A Villa Comunale é uma espécie de mirante que fica atrás da Igreja San Francesco e de onde se tem uma das mais lindas imagens do Vesúvio, vulcão que destruiu as cidades de Pompeia e Herculano em 79 d.C. Para quem tiver a oportunidade dá para visitar o Parque Nacional do Vesúvio partindo de Sorrento. Da Villa Comunale, descemos as escadarias até a Marina Piccola, de onde partem os barcos que fazem os passeios pela Costa. A Marina em si não tem nada de especial, mas a baía é bem bonita. Para voltar, usamos o elevador que custou 1 euro por pessoa.

Fotos: Villa Comunale.

                Vale a pena caminhar até a Marina Grande, uma vila de pescadores, de onde dá para se ter uma ideia de como Sorrento surgiu e da importância da pesca para o povoado. Lemos muitas dicas para comermos um peixe fresco nos restaurantes da Marina. Contudo, estavam todos fechados. Como a Sofia estava cansada seguimos da Marina Grande de ônibus até o centro. Cada passagem custou 1,80 euros.

Fotos: Marina Grande.

               Uma boa dica para comer bem e barato em Sorrento é o Master Hosts, localizado na Corso Itália, 244. O local tem pizza no forno a lenha, massas e comidas típicas com um preço bem convidativo e ótimo atendimento.

Fotos: Alguns pratos do Master Hosts.

 

               Enfim, essa foi nossa experiência pela Costa Amalfitana. Valeu a pena, apesar das condições climáticas não terem nos ajudado. A beleza do lugar compensa qualquer tempo ruim.

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